sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O time mais vencedor dos Fiscais envelhece e pode ficar fora das finais do torneio da Afresp

Juliana Vaz

Alguns fiscais de renda da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo se reúnem uma vez por semana para jogar uma pelada em Guarulhos. A equipe, formada por mais de 20 jogadores, divididos entre as três Delegacias Regionais Tributárias da capital, é a maior vencedora do campeonato da Associação dos Fiscais (Afresp). Mas, este ano, ficou em penúltimo lugar na primeira fase e nos playoffs vai pegar o segundo melhor colocado para tentar chegar à semifinal. O motivo? Os jogadores envelheceram, alguns se aposentaram e muitos sofrem com lesões pela idade avançada.

Time de fiscais durante uma partida do
 campeonato da Afresp este ano
O torneio dos fiscais é bianual e permite que no máximo cinco atletas abaixo dos 40 anos estejam em campo durante as partidas. Acontece que o time da capital tem apenas quatro pessoas abaixo dessa faixa etária no elenco todo, sendo que o mais velho já passou dos 60. “Boa parte do time entrou na Fazenda em 1986 e, de lá para cá, tiveram poucos concursos. Nos últimos dez anos, por exemplo, entraram apenas três turmas, e agora os que ficaram envelheceram”, explica Cássio de Sant´Anna, de 44 anos, um dos jogadores mais importantes da equipe. Enquanto isso, algumas equipes têm até mais de cinco pessoas com a média de 30 anos, que se revezam durante as partidas.

Atualmente, o time da capital reúne profissionais de três Delegacias, a DRT C1, que fiscaliza centro e zona leste, a DRT C2, que cobre a zona norte e noroeste e a DRT C3, que fica com sul e oeste. Eles foram campeões da Afresp em 2005, 2007, vices em 2009 e perderam nas semifinais em 2011, mas este ano ainda não ganharam nenhuma partida (foram dois empates e três derrotas). Entre os motivos estão às ausências em treinamentos, a falta de agilidade decorrente da idade avançada e os desfalques por lesões, como Cássio que se machucou dez dias antes de estrear no torneio e atuou apenas nos dois primeiros jogos no sacrifício.

Mudança de comando


Cássio recebendo o troféu do campeonato
de 
society em 2008
Após a fraca campanha na primeira fase do torneio da Afresp deste ano, o técnico Renato Rodrigues, que também trabalha com as categorias de base do Corinthians, deixou o cargo. Quem reassumiu foi o Ricardo Teixeira, que controla a lanchonete do campo de treinamento e também é "massagista, médico, torcedor e técnico", explica Cássio.

Projeto para 2014

Este ano cerca de 300 fiscais entraram na Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo por meio do concurso público, mas ainda aguardam para tomar posse do cargo. E o time da Capital já está pensando em contar com os novos funcionários para reforçar o elenco. "Apesar dos resultados negativos este ano, já pensamos em 2014, porque nossa equipe sempre foi muito forte. Ganhamos todos os campeonatos nos últimos anos, somos odiados, e agora aguardamos jogadores mais novos para voltarmos a vencer", comenta o meia do time.

"Velhos" diminuem torneio

A idade avançada dos fiscais de várzea também resultou na diminuição de times no campeonato da Associação. Em 2003 havia 13 equipes e este ano foram inscritos apenas seis. Ao todo, o Estado de São Paulo tem 15 Delegacias no interior e três na Capital, que nos últimos anos se uniram para formar uma única equipe.


Time de fiscais da Capital este ano


Time de fiscais da Capital em 2000

Centro de treinamentos

O time de fiscais de renda da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo se reúne toda quinta-feira, das 21h às 23h, no Centro de Convivência Afresp, localizando em Guarulhos. O local, adquirido a pouco mais dez anos, possui dois campos de futebol, quatro quadras cobertas de tênis, piscina, campinho de areia e restaurantes. Para manter a estrutura, os fiscais pagam uma taxa de R$70,0 por mês para a Associação.

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